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quinta-feira, 6 de maio de 2021

SADC, uma incontornável perspectiva evolutiva do sector da aviação – Oswaldo Mendes

Luanda - Dia do Trabalhador e a esperança na reanimação do sector e Resiliência na Consagração dos Postos de trabalho!  Se temos um sector, é exactamente a aviação, que a curto prazo, mesmo perante os enormes desafios, poderá irrefutávelmente gerar receitas líquidas. Em linhas gerais, passo a apresentar as implicações que afectaram o rendimento e influenciaram, o Quadro degradativo da aviação em Angola:

Fonte: Club-k.net


1.A desregulação. 2.Crescimento da dívida. 3.Falta de sucesso na execução coerente das políticas e cultura comerciais concebidas, entre outros aspectos, a manutenção de delegados regionais e inadequada prioridade operacional. 4.Falta ou reduzido investimento nas acções e serviços, convindo a autonomia interna.

5.Desvalorização da moeda.
6.Aumento na estrutura de custos correntes e despesa considerável com expatriados.
Em consequência destes indicadores; apesar do recurso ao culto da manipulação, mesmo a contragosto, a TAAG, resume-se a sombra de si mesma.

*COMO CORRIGIR:*
Estrutura ágil.


Elaborar Estudo Estratégico com coerência, através de inputs dos Nacionais com comprovado conhecimento.

Perspectivar o futuro, no conjunto das potencialidades de exploração.


Em nota de rodapé; a SADC é formada por 15 países, localizados na região do sul da África.

O grupo foi criado no dia 17 de Agosto de 1992, com o objectivo de promover o desenvolvimento social e económico da região. Os seguintes países formam a SADC:  ÁFRICA DO SUL, ANGOLA, BOTSWANA, REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO, LESOTO, MADAGÁSCAR, MALAWI, MAURÍCIA, MOÇAMBIQUE, NAMÍBIA, SUAZILÂNDIA, TANZÂNIA, ZÂMBIA, ZIMBABWE, SEICHELES.


Juntas, as nações somam um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 471 bilhões de dólares e uma população de 210 milhões de pessoas, além de uma área total de cerca de 9,9 milhões de km².

INFRAESTRUTURA AERONÁUTICA

O sistema de transporte aéreo em toda a região da SADC varia de Estado-Membro, mas atende em grande parte à demanda actual.


No entanto, à medida que os Estados-Membros da SADC se integram mais entre si e com o mundo externo, espera-se que a necessidade da Aviação Civil e de transporte aéreo exceda a capacidade atual.


No futuro, a nível do transporte aéreo e da Aviação Civil, o Protocolo de Transporte, Comunicação e Meteorologia da SADC, estabelece um quadro político para o envolvimento do sector na Integração Regional e no desenvolvimento económico.


Nesta nuance, reconhece-se a importância do transporte aéreo no atendimento aos interesses da região e sua relevância no desenvolvimento e destaque no apoio a indústria e ao turismo.


A excepção de uns poucos, os mercados nacionais de transporte aéreo na região permanecem pequenos, por isso as companhias aéreas de propriedade regional, precisam de se mostrar competitivas.


Por outro lado, é inadiável a necessidade de investir na melhoria dos recursos humanos e da capacidade técnica, permitindo que a aviação tenha sucesso e rentabilidade comercial.


STATUS ACTUAL

O transporte aéreo no sul da África, conta com um centro (HUB), através do qual se regista a maioria dos fluxos de tráfego; para a região da SADC, é o OR Tambo International, África do Sul, Joanesburgo. Com capacidade para atender 28 milhões de passageiros anualmente, é o maior aeroporto da África.

*DESAFIOS ECONÔMICOS.*


A aviação é sempre um radar do desenvolvimento e traduz-se numa indústria altamente comercial que pode melhor atender aos interesses da região se operada de acordo com os princípios comerciais.

O Executivo, do alto da sua sapiência, precisa dar espaço e saber ouvir os peritos Nacionais, com particular conhecimento e visão sobre o sector da Aviação Civil.

Actualmente, as companhias aéreas nacionais e outras infraestruturas, são fortemente regulamentadas e mantêm um viés muito politico; subsistindo como serviços que não consideram interesses comerciais e, em vez disso, mantêm operações economicamente insustentáveis.


Reconheço que a liberalização dos mercados de transporte aéreo beneficia toda a África, e no âmbito da DECISÃO YAMOUSSOUKRO em 1999, representa um desafio para a organização da aviação.


Esta decisão insta as nações da África a avançar em direção à liberalização de seus mercados de transporte aéreo. Em consonância com esta decisão, a SADC também promove a desregulamentação económica do sector aéreo.


No entanto, o progresso na liberalização tem sido lento a nível nacional, devido às preocupações dos Estados-Membros de que a concorrência prejudicará a viabilidade dos seus transportadores nacionais.


*PROJECTOS ACTUAIS*


Verificam-se investimentos razoáveis em equipamentos de segurança e melhorias nas instalações dos terminais em toda a região, com actualizações da respectiva infraestrutura nacional de transporte aéreo:


BOTSUANA – os aeroportos de Gaborone, Maun, Kasane e Francistown;

MADAGÁSCAR – O Aeroporto Internacional de Ivato, em Antananarivo;

MOÇAMBIQUE – o Aeroporto Internacional de Maputo, com novos terminais de passageiros e carga;

NAMÍBIA – Aeroportos estão sendo atualizados;

TANZÂNIA – investimento em um Centro de Treinamento em Aviação Civil, posicionando-se como um centro de educação em aviação. Além da expansão das instalações aeroportuárias;

ANGOLA - a ausência de dados privilegiados, não permite uma avaliação pormenorizada. Nas circunstâncias e no pleno da satisfação dos passageiros é preciso aumentar o número de frequências nas ligações entre as províncias;

 

Persuadir as entidades, para a vitalidade da abertura de bases operacionais, no quadro do desenvolvimento económico das províncias, tornando a aviação auto sustentável. Nos voos regionais, nomeadamente para a Africa do Sul, explorar cada cêntimo de dólar em função da demanda, colocando avião de maior porte, nas reduzidas ligações permitidas pelas restrições.


Explorar o mercado de carga e correio, no domínio doméstico, regional e internacional, como estratégia a perda de receitas devido a redução drástica dos voos comerciais de passageiros, tendo em conta, tratar-se do segmento mais lucrativo da aviação e o menos afectado pela pandemia.


Considerar a abertura de centros de treino e formação, bases de manutenção, permitindo reduzir custos de exploração, venda de serviços e aprimorar os pergaminhos na aprendizagem, com reflexos na segurança.


Captar a sensibilidade e obter aprovação junto das estruturas competentes, para a constituição de uma Task Force, para se erguer o Museu Nacional do Ar.
Rever a abertura de nova(s) porta de entrada nas ligações internacionais(CATUMBELA OU LUBANGO).


Considerar o melhoramento no perfil dos aeroportos de apoio às rotas internacionais de navegação, sobrevôo/corredor aéreo (HUAMBO).


O País têm quadros desde que os queira aproveitar. Mas efectivamente, têm um déficit de liderança na gestão das empresas do sector. Pode-se encarar melhoramentos nas infraestruturas aeroportuárias, desde que traga custo e benefício e eficiência na operação.


O que determina a viabilidade da Aviação, não é o avião, mas sim o mercado e um conjunto de outros pressupostos, daí que a opção óbvia pela compra de aviões, deve ser apenas encarada se as outras premissas tiverem prevalência.


Diante da recente redução dos preços do Jet A1, combustível da aviação, espera-se que haja a capacidade de supervisão (INAVIC), no sentido de que essa baixa de preço, seja repassada ao passageiro/cliente, já que antes tinha peso na estrutura de custos, e deste modo, traduzir impacto na tarifa dos bilhetes e assim animar o aquecimento do mercado, com o aumento da procura de viagens de avião, no sector doméstico e em todos voos.


Considerar a possibilidade de um estudo competente sobre linhas que se mostrem sustentáveis, na equação do break-even, para a abertura de novas rotas, a exemplo de Londres e China.



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