Luanda - Quando, através da TV Zimbo, vi o péssimo estado do Estádio da Tundavala, fiquei muito triste. Que governação! Que administração! A culpa não pode morrer solteira. Por isso, digo “tunda a quem gere ou devia gerir o estádio da Tundavala! Grito: “Tunda para uma vala...”.
Fonte: Club-k.net
E se em Angola não tivesse petróleo?!
Foram 72 milhões de dólares investidos numa infraestrutura desportiva, que no entanto, ainda não terminou, depois de doze anos da sua inauguração. É por burrice ou inteligência?
As pessoas cometem erros graves e fazem “cocó”, nos seus actos de governação ou de gestão, mas quem, como eu, critica essas situações pode ser considerado “revu” ou contra o executivo.
O desagradável estado do Estádio da Tundavala é uma situação que envergonha os angolanos, sobretudo os governantes, que são as entidades com poder de decisão. Temos muitos governantes que não pensam e outros tantos que pensam muito mal. Pensar bem não é para todos. O bom ou mau pensamento dos governantes está relacionado com o facto de haver países desenvolvimento e países subdesenvolvidos (ou atrasados).
Caros compatriotas,
O que é que nós angolanos - os súbditos - fizemos para merecermos esse tipo de governação?! Não pode ser... É demais!... Não estou a fazer críticas gratuitas. Tenho consciência de que posso ser perseguido pelo conteúdo deste texto, visto que há muitos políticos e alguns jornalistas, que não aceitam críticas. Contudo, Deus me protegerá, porque Ele também deve estar indignado pelo sofrimento dos angolanos., por culta de quem governa.
Eu não sou “revu”. Sou um patriota fervoroso! Sinceramente, já não aguento mais!... Mas perante os factos descritos haverá alguém com coragem de dizer que sou mal mal-intencionado?
Que imagem o Executivo espera ter, enquanto gestor das infraestruturas desportivas perante as instituições desportivas internacionais? Como é possível termos gastado tanto dinheiro na construção do estádio, mas o deixarmos ficar com aquela vergonhosa imagem? Reitero a minha pergunta. E se Angola não produzisse petróleo?
Como é possível a construção das infraestruturas desportivas não ter sido terminada.
O colonialismo português deixou-nos o Estádio da Cidadela, que, mesmo inacabado, era a menina dos olhos angolanos. Era o estádio nacional. Só de pensar nisso, fico com vergonha da mentalidade dos nossos governantes. Que pena!...
Infelizmente, o Governo, que mais tarde optou pela de denominação “executivo”, não foi capaz de terminar a construção do Estádio da Cidadela. Entretanto, fazia algumas obras de melhoria e depois delas fazia-se uma espécie de inauguração para agradar Chefe, que gostava desse tipo de agrado. Tudo aquilo é feito com “clarividência”, com aplausos e assobios de satisfação.
Além dos estádios, temos infraestruturas rodoviárias inacabadas . Em relação a algumas estradas, tenho-me interrogado sobre as entidades que fizeram a recepção definitiva dessas obras. Custa-me acreditar... É muita incompetência! Parece uma “doença pandêmica”. Por isso, peço aos jovens, crianças e a alguns governantes com alguma visão para se vacinarem contra o “vírus da burrice”. Aconselho as pessoas a não conviverem com governantes incompetentes e a não receberem as suas exortações. Cuidem-se. Há pais que podem contaminar os filhos. Podem transmitir-lhes o vírus da incompetência e da ganância.
Entretanto, costumo dizer que num dos lemas políticos mais famosos de África faltou um elemento. Na verdade, o conteúdo devia ser: “Corrigir o que está mal, melhorar o que está bem e manter o que está feito”. Uma vez que a derradeira parte foi esquecida )ou ignorada), é natural que não se conserve tantas infraestruturas que custaram milhões aos angolanos. Assim, é normal haver estradas esburacadas, separadores de betão ou metal destruídos ou danificados, casas de banho de instituições públicas em péssimo estado de conservação. Algumas delas parecem casas de banho para animais.
Voltando aos estádios do CAN de 2010, que custaram muito dinheiro, lamento o faço de não terem terminado e de estarem em má conservação. Infelizmente, muitos angolanos não chegaram a assistir ao CAN, nem presencialmente, nem pela televisão, por falta de sinal de comunicação nas áreas de habitação. Muitos nem chegaram a ouvir os relatos desportivos. Não chegaram a ouvir ou s gritar “Golo, ah!l”, Contido, devem estar a pastar as eventuais dívidas resultantes da construção dos estádios. Como se diz, “foram logo logo quatros estádios”. Eh! Sinceramente!...
Lamento o facto de o Executivo não estar a conseguir resolver muitos problemas que preocupam o povo. Os problemas agravam-se mais, à medida que o tempo vai passando. Tantas palavras! Tantas promessas, mas resolução dos problemas, nada!
Nunca pensei que, no meu País, pudesse haver pobreza extrema, tendo em conta a fertilidade no do seu solo, dos recursos hídricos e os demais recursos naturais - petróleo, diamante, ferro, cobre, madeira, etc.
Já não choro! Fico boquiaberto por tanta falta de inteligência.
Tunda para uma vala!
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joseca_makiesse
06.05.2021
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