Luanda - Os antigos secretários municipal e distrital para a mobilização da UNITA em Cacuaco, Domingos Pedro e Cândido Moisés, que no inicio do mês colocaram os seus cargos a disposição recorreram ao escritórios de advogados BMF (do advogado Bruce Filipe do caso CNC) para os ajudar a contestar a legitimidade da Presidência do partido alegando que quando Adalberto Costa Júnior concorreu ao congresso de Novembro de 2019, o mesmo não havia renunciado a nacionalidade portuguesa prejudicando o seu candidato.
Fonte: Club-k.net
Forjaram credenciais para se fazer passar de delegados ao congresso
Domingos Pedro, o promotor da contestação é o militante que ficou conhecido por ter dito em conferência de imprensa aos órgãos de comunicação do governo que Adalberto Costa Júnior comprou uma mansão milionária em Portugal.
O grupo de desertor que recorreu ao Tribunal Constitucional, é constituído por 10 antigos membros da UNITA, e foram recrutados pelo antigo secretario para a mobilização de Luanda, que Kawikh Sampaio da Costa que agora trabalha para a rede do general do MPLA, José Tavares Ferreira, no programa de desgaste a imagem de Adalberto Costa Júnior.
De acordo com explicações, as impugnações só podem ser levantadas por militantes que tenham participado no congresso como delegados. Dentre os 10 elementos da rede do general Tavares, apenas o antigo secretário Municipal da Mobilização da UNITA em Cacuaco, Domingos Pedro, Cândido Moisés Uasmuene, Madibu Samuel é que participaram no congresso partidário.
Manuel Diogo Pinto Seteco, apresentado nos documentos de impugnação do Tribunal Constitucional como um dos principais queixoso, é um antigo militante da Maianga mas que se encontrava afastado da UNITA desde 2017, dois anos antes da realização do congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior.
Para além de ter apresentado um bilhete de identidade expirado aos 29 de Setembro de 2019, Manuel Seteco forjou as credenciais do delegado numero seis ao congresso da UNITA, colocou a sua fotografia e remeteu ao Tribunal Constitucional para fazer crer que foi delegado ao congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior como novo líder do “Galo Negro”.
Indignada pela confusão desta rede de desertores, a constitucionalista e deputada da UNITA, Miaela Webba, usou as redes socais para explicar que “a lei dos partidos políticos estabelece que a impugnação de qualquer acto pelos militantes e membros dos órgãos de direcção dos partidos políticos deve estar sujeita a prazos expressamente previstos na lei. Que eu saiba o Congresso é um acto administrativo e político, mesmo que existisse ilegalidade, que não é o caso, entendo, salvo melhor opinião, que o prazo de impugnação já prescreveu”.
“O que me chamou a atenção é que a larga maioria dos que pretendem a impugnação nem sequer foram delegados ao Congresso e dos 10 indivíduos 9 são do norte e um de Benguela, e ainda têm a coragem de apelidar o Presidente ACJ de tribalista, haja coragem”, rematou a parlamentar angolana.
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