Luanda - O ano letivo em Angola vai terminar a 30 de junho, um mês antes do previsto, devido ao aumento significativo de casos de covid-19 no país, segundo um decreto do Ministério da Educação.
Fonte: Lusa
A medida consta de um decreto executivo do Ministério da Educação, que refere que foi aprovada uma adenda ao Calendário Escolar Nacional reajustado, com as orientações metodológicas sobre a avaliação da aprendizagem.
De acordo com o documento, as atividades avaliativas das aprendizagens do ensino pré-escolar, primário e secundário têm início a 24 de maio e devem terminar a 30 de junho.
Em declarações à rádio pública angolana, RNA, o secretário de Estado para a Educação Pré-escolar e Ensino Primário, Pacheco Francisco, justificou hoje a medida com o aumento dos números da pandemia, causando receio de nova paralisação.
“Os números da pandemia têm sido grandes e isso fez com que tivéssemos receios que o ano letivo não terminasse na data prevista, 30 de julho. Fomos obrigados a refazer o calendário por forma a não dar possibilidade de se suspender as aulas, uma vez que determinadas classes tiveram o seu início tarde, como é o caso do pré-escolar”, disse.
Pacheco Francisco frisou que foi dispensada a prova do professor, mantendo-se apenas as provas trimestrais.
“Significa que contam as avaliações contínuas que foram realizadas ao longo deste período”, explicou, salientando que o ano letivo termina a 30 de junho.
A prova trimestral nas classes de transição está marcada para 24 de maio a 04 de junho e para as classes de exame, entre 07 e 18 de junho.
Angola está a registar desde finais de abril uma subida exponencial de casos de covid-19, com a circulação das variantes inglesa e sul-africana, chegando a atingir quase 400 casos por dia.
Até quarta-feira, o país acumulou 29.405 casos positivos, 645 mortes e 25.187 recuperados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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