Luanda – Os serviços inter-municipais da Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) estão suspensos desde esta segunda-feira, devido à greve decretada pela sua comissão sindical.
Fonte: Angop
Conforme o primeiro secretário da comissão sindical da CG-SILA na TCUL, Domingos Palanca, os trabalhadores exigem à direcção da empresa pública respostas ao caderno reivindicativo remetido a 19 de Março do corrente ano.
Entre as várias reivindicações constantes no caderno destaca-se "o reajuste salarial, pagamento regular e pontual dos ordenados, bem como exigir o fim dos despedimentos de trabalhadores ao arrepio da Lei Geral do Trabalho", em vigor no país.
Domingos Palanca, que falava a Luanda Antena Comercial (LAC), avançou que 80 por cento do colectivo aderiu à greve.
"Todo tráfego urbano, com excepção dos serviços mínimos, está paralisado. Por esta altura, 123 de um universo de 140 autocarros estão parados. Só os inter-provinciais e os serviços de aluguer estão em funcionamento”, reforçou.
O sindicalista adiantou que a greve será suspensa se a entidade patronal apresentar uma tabela salarial actualizada que atenda os interesses dos trabalhadores, a criação de uma comissão para avaliar o processo de despedimentos e suspensão ou retirada do excesso das horas de trabalho sem direito de horas extraordinárias.
No entanto, a direcção da empresa já considerou ilegal a grave por, no seu entender, acontecer ao arrepio da Lei.
O director do Gabinete de Comunicação da TCUL, André Gomes, avançou que a direcção da empresa não recebeu a prévia comunicação da efectivação da greve, considerando ainda que a comissão sindical da CG-SILA na TCUL está a funcionar à margem da Lei.
André Gomes frisou que o Conselho de Administração respondeu às reclamações dos trabalhadores, razão pela qual não entende as motivações da greve decretada.
Com mais de três décadas de existência, a TCUL transporta diariamente pelo menos 100 mil passageiros, em todo o país.
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