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domingo, 29 de novembro de 2020

Programa americano Visa Bond não terá impacto na maioria dos viajantes angolanos

Washington - Os actuais utentes de visto “podem ter certeza de que os seus vistos permanecerão válidos para viagens aos EUA”.

Fonte: VOA

O Consulado dos Estados Unidos em Luanda garante que o programa piloto Visa Bond “aplica-se um número muito pequeno de viajantes” e não terá qualquer impacto “na grande maioria dos viajantes angolanos em negócios ou turistas”.

 

A cônsul Tracy Mussachio acrescenta ainda que o programa que entra em vigor a 24 de dezembro e que admite o pagamento de uma caução a pessoas de um grupo de países que visitam os Estados Unidos “não se aplica a estudantes, viajantes oficiais, nem a qualquer outra categoria de visto dos EUA, incluindo vistos de imigrante e de diversidade”.


Por isso, aquela representante consultar americana em Angola, garante que “é incorrecto afirmar-se que os EUA estejam a cobrar a todos os viajantes angolanos um pagamento de até 15 mil dólares para visitar os EUA”.

Tracy Mussachio assegura que “rigorosamente, não há alteração no processo de solicitação de visto” e esclarece que “os cidadãos angolanos que desejam solicitar um visto de turista pagarão a taxa padrão de 160 dólares”, e os candidatos serão entrevistados na Embaixada dos Estados Unidos e notificados se forem elegíveis para um visto”.

Os actuais utentes de visto “podem ter certeza de que os seus vistos permanecerão válidos para viagens aos EUA”.

O programa Visa Bond, esclarece a cônsul, aplica-se “àqueles cidadãos que são inelegíveis para receber um visto por terem sido condenados por crimes”, contudo, “se for concedida uma isenção de inelegibilidade a um requerente pelo Departamento de Segurança Interna do Governo dos EUA, será solicitada uma taxa reembolsável ao requerente, para garantir que a sua viagem esteja em conformidade”.

Angola foi incluída neste programa com 21 outros países devido à elevada taxa de viajantes angolanos, que usam indevidamente os vistos americanos ao ficarem mais tempo nos EUA do que os seus vistos permitem.

A cônsul Tracy Mussachio conclui dizendo que ao usarem “os vistos de forma adequada e seguindo as regras, os angolanos podem estender as vantagens proporcionadas pelas viagens aos EUA para todos os cidadãos angolanos”.


O programa "Visa Bond"

Como a VOA noticiou na terça-feira, 24, o Departamento de Estado informou que cidadãos de cerca de duas dezenas de países poderão terão de pagar uma caução de entre cinco mil e 15 mil dólares americanos para poderem visitar os Estados Unidos a partir de 24 de dezembro, em determinadas condições.

Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Principe integram a lista, bem com vários outros países, na sua maioria africanos, como a República Democrática do Congo, Libéria, Sudão, Chade, Burundi, Djibouti, Eritreia, Gâmbia, Mauritânia, Burkina Faso, Líbia, Afeganistão, Butão, Irão, Síria, Laos e Iémen.

A medida, segundo o Governo, funcionará como dissuasão diplomática àqueles que pretendem violar os prazos de estada no país.

Moçambique é o único lusófono em África não abrangido pela medida.

Entretanto, este programa piloto "Visa bond" não se aplica de forma generalizada a todos que viajam para os Estados Unidos, mas em determinados casos.

No caso de Angola, como explica consul em Luanda, a sua implicação é mínima, e não terá qualquer impacto na grande maioria dos viajantes angolanos em negócios ou turistas.

 



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