Então MED, uns com descrições de tarefas e outros não II? – Samuel Pedro

Luanda - As descrições de tarefas nas organizações, são pontos de partidas e chegadas para determinação da produtividade, resultados, alcance das metas, objectivos, redução de incertezas quanto: quem deve fazer esta ou aquela tarefa e, conquistar decisões de forma racional e profissional na gestão do activo mais importante das organizações.

Fonte: Club-k.net

Na Gestão dos Recursos Humanos (Gestão de Pessoas), a descrição de tarefas ou análise de funções, ela (descrição de tarefas), visa dar respostas aos seguintes processos no compto da gestão pessoas:

ü Selecção e integração do pessoal;
ü Orientação e formação profissional;
ü Promoção e transferência;
ü Avaliação de desempenho;
ü Determinação racional dos salários;
ü Implementação de sistemas de incentivos;
ü Plano de carreira;
ü Organização e métodos de trabalho.

Na vertente programática, refiro-me concretamente, ao recente diploma legal publicado no dia 16 de Abril de 2021, no Jornal Oficial, Decreto Presidencial n. º 91/21 de 16 de Abril, sobre: “Regime Jurídico do Exercício de Cargo de Direcção e Chefia em Instituições de Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Secundário no Ministério da Educação”.

O que consta em termos de descrição de tarefas, é apenas para os cargos de direcção, isto é, para o Director; Subdirector Pedagógico; e Subdirector Administrativo. Para os demais Cargo de Direcção e Chefia, isto é,

a) Coordenador Pedagógico do Pré-Escolar;
b) Coordenador de Curso;
c) Coordenador de Disciplina;
d) Coordenador de Classe do Ensino Primário;
e) Coordenador de Turma;
f) Coordenador de Turno;
g) Coordenador de Educação Física, Círculos de Interesse e Desporto Escolar;
h) Coordenador do Centro de Formação Contínua;
i) Chefe de Secretaria.

As descrições de tarefas não existem ou não foram publicadas neste jornal oficial.

A meu ver, e entender como especialista em gestão de pessoas e consultor, tratou-se de alguém ou alguns que participaram na elaboração do diploma, tendo demonstrado pouco domínio pelo facto de não considerarem o todo (todos os cargos), quer de direcção e de direcção e chefia.

O Gestor profissional de pessoas, para além de saber do papel indispensável das descrições de tarefas para todos, ele está familiarizado com o qualificador ocupacional e conhece a importância desta ferramenta, diferente de outros especialistas que não pertencem a área.

A figura-se importante, relembrar que, Angola de hoje, já não é a mesma de ontem com poucos quadros formados em Gestão de Pessoas.

Dizia Jesus Cristo, na qual passo a parafrasear: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” Fim de citação.

Por favor, vamos colocar os pontos nos is e os traços nos ts, de modo a evitar cometer erros de palmatória.

Este lapso fatal para a organização, que irei exemplificar melhor para o entendimento do leitor e outros que a título preventivo, também irei apresentar na sequência deste texto, são lapsos que tornam as nossas organizações com mau ambiente laboral, improductivas e com imagem comprometida pela negativa no mercado de trabalho no geral.

Sendo assim, começaremos por explicar o lapso da falta de descrições de tarefas para todos. Em ciências jurídicas caro leitor, como a montanha é muito cumprida para mim (ainda não sou especialista) não sei, se classificaria como crime; transgressão ou contravenção. Mas, os entendidos na matéria irão classificar ou enquadrar depois do meu exemplo, como especialista em Gestão de Pessoas, no concernente ao lapso de falta de descrição de tarefas para todos.

Este lapso equipara-se, com uma organização sem comunicação ou um corpo humano sem sangue. Dai a designação de lapso fatal organizacional.

Dizia Will Rogers: “Quando você se vir num buraco, pare de cavar” Fim de citação. Moral: Se notares que estas a cometer um erro, convêm corrigir para evitar custos maiores. Dai a razão do contributo do proponente do texto em deixar algumas dicas a título preventivo a luz do diploma em abordagem.

Caro leitor, como prometi num dos parágrafos anteriores deste texto, apresentar outros lapsos, que põem em perigo a vida das nossas organizações, a titulo preventivo, então irei sem demoras aos lapsos que se impõe e deveras fundamental repensar para a saúde das nossas organizações no concernente aos processos, ambiente laboral, produtividade e sustentabilidade:

1. Falta de especificação de descrições de tarefas de cada colaborador;
2. Permanência no cargo por muitos anos (em alguns casos, começa elaborar regulamentos e instruções em nome pessoal, fora dos normativos);
3. Falta de avaliação de desempenho profissional;
4. Falta de reconhecimento do desempenho e empenho;
5. Falta de estudo de temperamento dos quadros;
6. Falta de liderança;
7. Falta de formações contínuas, de superação profissional no local de trabalho;
8. Falta de comunicação institucional eficiente e eficaz sobre os processos de trabalho e gestão de pessoas.

Dizia Ed Catmud c/ Any Wallace, na qual passo a citar: “O mundo é um lugar perigoso, não por causa dos que fazem, mas por causa dos que vêm e não fazem nada”. Fim de citação.

Com esses dados, é possível colmatar estes lapsos, se cada um, na sua especialidade, sua experiência, for dado a oportunidade de opinar, participar, fora de conveniências (…), deixarem as pessoas trabalharem, fazer parte dos projectos do género e outros normativos das áreas específicas.

Tenho dito.
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