Lisboa – O Jornalista angolano e Chefe de Redação na Record TV Africa, foi indicado, esta semana para exercer a direção desta cadeia de televisão, no lugar do brasileiro Fernando Henrique Teixeira.
Fonte: Club-k.net
A decisão foi destinada a cumprir uma das exigências que levou recentemente, o governo de Angola a suspender o sinal desta televisão baseando-se no argumento segundo a qual a lei não permite que um cidadão estrangeiro exerça funções de diretor-geral de um órgão de comunicação social, em território nacional.
Ao suspender o sinal deste canal de televisão por assinatura angolano, o governo alegou também que os quadros estrangeiros da empresa Rede Record de Televisão (Angola), Limitada, que exercem a actividade jornalística no país, "não estão acreditados nem credenciados no Centro de Imprensa Aníbal de Melo".
A Record TV África de propriedade do Grupo Record, da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD), foi suspensa no seguimento de uma crise que envolve duas alas desta congregação religiosa de origem brasileira.
Segundo apurações, haviam nesta Igreja, bispos (ligados ao antigo líder brasileiro João Leite) que a dada altura, estariam a praticar adultério, e também a envolverem-se em negócios privados, uma pratica que a IURD proíbe aos seus altos responsáveis. Em reação as irregularidades que se estava a observar, a direção no Brasil despachou, um líder espiritual baseado em Moçambique, Honorito Gonçalves para fiscalizar a liderança em Angola.
Em Luanda, o bispo espiritual Honorito Gonçalves terá realizado uma “limpeza” afastando um grupo do bispado gerando no anuncio de um manifesto em que a parte angolana denunciou actos da Igreja como a uma alegada vasectomia, que é uma cirurgia que impede os homens de gerar filhos.
Um dos bispos afastados, é o antigo Presidente da IURD-Angola, João Antônio Bartolomeu, que tem a fama de se insinuar próximo a família do Presidente João Lourenço. Na refresca desta crise, o ex-bispo João Antônio Bartolomeu produziu um vídeo das redes sociais ameaçando a tomada da TV Record sob o argumento de que esta este canal tornou-se num “lugar de cena de crime e que se deveria responsabilizar o seu diretor pelo serviço sujo que fez ao longo dos meses”. Num outro vídeo sugeriu que enquanto o “João” estiver no poder, os seus colegas iriam testemunhar quem de facto manda.
Para além do desejo de retirar a TV Record do ar, ou das mãos dos bispos brasileiros, fontes do Club-K, alegam que na verdade, o regime tomou esta decisão para evitar a reprodução em Angola do antecedente do Brasil, em que os evangelistas (incluindo a IURD) apoiaram abertamente o candidato Jair Bolsonaro através da TV Recordo.
Com a IURD a ser retirada, das mãos brasileiros a favor de Bispos “amigos do MPLA”, o governo evita que a “ala original” se vingue nas eleições de 2020, apoiando o candidato da UNITA, Adalberto Costa Júnior ou que passem a reportar irregularidades eleitorais que são ocultadas pela TPA.
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