Luanda - A coordenadora das Nações Unidas em Angola considerou hoje que o país tem "enormes desafios" na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), anunciando que o "primeiro relatório voluntário nacional" será lançado em junho.
Fonte: Lusa
"Estamos a trabalhar, juntamente com o Governo angolano e com a sociedade civil, para lançar o primeiro relatório voluntário nacional que vai ser lançado em junho deste ano e lá poderão ver onde está Angola neste sentido", afirmou Zahira Virani, quando questionada pela Lusa sobre as ações de Angola no domínio dos ODS.
Para a diplomata das Nações Unidas, "a crise financeira, a pobreza e a crise sanitária da covid-19" estão entre os "muitos desafios de Angola" no processo de materialização dos ODS, mas "há o compromisso do Governo e do povo angolano em dar certo".
"Estamos a trabalhar juntos, especialmente com o Ministério da Economia e Planeamento. Claro que a crise financeira não ajudou, temos uma população que vive na pobreza, a covid-19, e todos precisam de atividades e investimentos do lado do Governo e dos parceiros também", realçou Zahira Virani.
A responsável falava no final da cerimónia de apresentação do programa sobre o "Reforço das Sinergias entre a Proteção Social e a Gestão das Finanças Públicas", orçado em 1,8 milhões de euros financiados pela União Europeia (UE).
O programa lançado hoje, em Luanda, que será implementado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) até dezembro de 2022, prevê fortalecer a capacidade das instituições públicas para aumentar o orçamento e melhorar a prestação de serviços de proteção social em Angola.
Zahira Virani recordou que Angola é um dos oito países em três continentes selecionados a participar neste projeto global financiado pela UE, afirmando que o projeto "vai também apoiar os passos necessários para atingir a meta 1.3 dos ODS".
"Reconhecemos que a crise sanitária que assola o mundo representa um desafio para o alcance dos ODS, as Nações Unidas estimam que globalmente o impacto da covid-19 trará um aumento da pobreza extrema", apontou.
Por seu lado, a embaixadora da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, também assinalou a importância do projeto, considerando que vai "apoiar o desenvolvimento do sistema de proteção social sustentável".
O projeto, notou, "irá apoiar a adoção de uma política nacional de proteção social, promover a análise das necessidades financeiras e do espaço fiscal para estabelecer o nível mínimo de proteção social e fomentar a coordenação entre os ministérios envolvidos com o fim de melhorar a capacidade de financiamentos e de prestação de serviços".
"Trata-se de um projeto bem ambicioso para o qual é fundamental garantir o trabalho conjunto entre os ministérios envolvidos, de facto a proteção social é essencial para alcançar um crescimento sustentável e inclusivo, melhorar a pobreza", concluiu.
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