Luanda – A UNITA declarou esta terça-feira, 27, em Luanda, que o País vive uma crise de confiança política nas instituições do Estado e que "um regime democrático não assassina os seus filhos, não prende jornalistas por delito de opinião e não encerra órgãos de comunicação social por capricho político-partidário do líder do partido, o MPLA".
Fonte: NJ
O maior partido da oposição em Angola entende que "as instituições públicas só funcionam para as populações quando recebem orientações do Presidente da República, caso contrário, não funcionam".
Para a UNITA, um regime democrático pressupõe boa governação e esta deve satisfazer as expectativas e responder às necessidades dos cidadãos.
"A democracia consolidada implica um estado de direito, onde não há violação de lei por parte de órgãos e agentes do Estado. Há prestações de contas e compromisso com a sociedade", disse esta terça-feira à imprensa o líder do grupo parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, no seu discurso de apresentação das jornadas parlamentares do partido nos municípios de Luanda, que vão decorrer entre os dias 28 e 30 deste mês.
Segundo o líder do grupo parlamentar da UNITA, o encerramento de serviços de rádio e televisão, recentemente feito pelo Estado angolano, coloca cerca de 2.000 postos de trabalho em risco.
A UNITA afirma que a suspensão das emissões de três canais privados de televisão (Rede Record, Zap Viva e Vida TV) se deveu ao facto de serem considerados hostis à governação do MPLA e do seu líder, João Lourenço.
"Na democracia, o foco da governação é o bem comum, é o empoderamento económico, social, cultural, técnico e tecnológico das pessoas, das empresas, afirmou Chiaka , acrescentando que "as resoluções dos principais problemas como a pobreza extrema, a fome, a corrupção e o desemprego" devem ser prioritárias.
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