Luanda - Activistas detidos durante a manifestação promovida pelo Movimento de Estudantes de Angola (MEA) na capital na província angolana do Uíge no sábado, 17, responsabilizam a governadora interina, Maria Fernando Kavungo, pela sua prisão.
Fonte: VOA
A Polícia Nacional (PN) alega cumprir ordens de Kavungo, na ausência do governador José Carvalho da Rocha, para impedir a marcha e deter os estudantes universitários que participavam na manifestação, que pedia a revogação ao decreto presidencial que regula o aumento da taxa de emolumentos no ensino superior.
Todos foram postos em liberdade na noite de sábado.
O representante do MEA no Uíge, Guimarães Kanga, disse à VOA, que várias foram as acusações intentadas pela polícia para justificar as detenções, mas que não foram provadas.
“Fomos acusados de termos sido financiados pela UNITA, que as nossas reclamações não são reais, temos estado a fazer brincadeiras, pedimos a eles que provassem o nosso financiamento ou algum escândalo, simplesmente recusaram provar a acusação que fizeram contra nós, insistiram em nos acusar que estaríamos a violar o decreto presidencial sobre o estado de calamidade e que estávamos a acusar a polícia de pertencer ao MPLA”, contou Kanga, acrescentando que “o comandante municipal disse que estava a cumprir ordens da vice-governadora para Área Política e Social, Maria Fernando Cavungo”.
Sem avançar qualquer data, Guimarães Kanga promete que o MEA vai sair às ruas nos próximos dias “para exigir a revogação do decreto presidencial, que agravou a situação dos estudantes”, mas também contra a atitude da vice-governadora e a melhoria do ensino.
A VOA contactou o gabinete da vice-governadora para reacções, mas sem sucesso.
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