Luanda - A busca de uma solução negociada para o conflito em Cabinda está a ganhar novo ímpeto com figuras ligadas aos militares angolanos a juntarem-se a esses esforços, tendo um general na reforma mantido mesmo um diálogo sobre a questão com o presidente.
Fonte: VOA
Agora o líder do principal partido da oposição, a UNITA, veio também a público pedir o início imediato de um diálogo sobre a questão.
Mas na sua declaração o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse que “reivindicações regionais, históricas ou sociais” devem ser resolvidas “no quadro do Estado unitário de Angola” algo a que certamente algumas das organizações cabindenses que advogam a independência se irão opor.
Uma das facções que luta pela independência do território avisou que só porá haver negociações em “contactos directos” e não através de terceiros.
"A democracia tem formas de solucionar reivindicações regionais, históricas ou sociais, no quadro do Estado unitário de Angola. É preciso parar com a guerra e dialogar”, disse o presidente da UNITA.
Os generais
Na quarta-feira, o antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, Francisco Pereira Furtado, advogou igualmente a necessidade de se encontrar uma solução para a situação naquela região norte do país.
Segundo o oficial das Forças Armadas Angolanas (FAA), existem mecanismos para a situação atual da província de Cabinda, salientando que “o Governo está empenhado no assuntos recordando negociações anteriores que levaram a um acordo de cessação de hostilidades em 2006 ..
Furtado recordou que desde o surgimento da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) em 1975 este movimento tinha0se dividido em “mais de seis alas”.
"É preciso levar esta ala que ainda reivindica de uma forma não correcta, com alguma violência, a compreender que o país não pode continuar nesta senda de conflitos”, disse.
Por outro lado na semana passada o general na reforma pelo MPLA José Sumbo assegurou em conferência de imprensa, em Luanda, que nos próximos dias iria haver novidades para a resolução definitiva do problema da província de Cabinda.
Sumbo falava após um encontro com o presidente João Lourenço .
Aquele antigo membro do Governo de Cabinda que foi recebido em audiência no dia 10 de Março pelo Presidente da República João Lourenço, não quis avançar detalhes da conversa entre os dois, mas garantiu que o Chefe de Estado tem todo interesse em que se resolve de uma vez por todas o problema no enclave.
"Fui recebido pelo Presidente, conversamos e não vi nele algum desinteresse em resolver o problema de Cabinda, vi nele uma pessoa preocupada em encontrar uma solução definitiva para a questão de Cabinda", disse mas sem acrescentar pormenores.
FLEC-FAC
Entretanto a “ Direcção Político Militar da FLEC-FAC” que luta pela independência do território disse numa declaração que “não reconhece qualquer iniciativa supostamente individual, solitária ou de qualquer grupo de interesses opacos que pretendam resolver o conflito em Cabinda”.
“Qualquer negociação para a resolução do conflito em Cabinda passa impreterivelmente por contactos directos, formais e públicos, entre a FLEC-FAC, organizações idóneas da Sociedade Civil Cabindesa, organizações nacionalistas cabindeses e a Presidência de Angola”, disse. “Qualquer outra pseudo-iniciativa não merece a atenção da FLEC-FAC que antecipadamente e peremptoriamente rejeita todas as aventuras políticas isoladas com agendas obscuras”, acrescentou.
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