Luanda – Reduzido valor alocado à Embaixada de Angola num país estratégico na diplomacia angolana em África tem criado embaraços à gestão corrente da instituição diplomática, sendo os atrasos salariais a principal consequência da limitação financeira.
Fonte: NJ
Actualmente, são três meses de atrasos salariais, mas já foram mais. Até final do ano transacto, funcionários da Embaixada de Angola na África do Sul ficaram 10 meses sem os ordenados, adiantam ao Novo Jornal fontes ligadas ao Ministério das Relações Exteriores (MIREX).
"Há já algum tempo que estes atrasos se vêm registando aqui na nossa embaixada. É uma situação que cria muitos embaraços ao normal funcionamento da instituição e que nos remete, nós funcionários, a uma condição constrangedora", conta um quadro diplomático de Angola na África do Sul, que prefere o anonimato.
A fonte explica que os impasses no pagamento dos ordenados são registados particularmente entre os quadros centrais recrutados a partir de Luanda pelo MIREX.
"Esta situação tem afligido mais o grupo de recrutamento central. Neste momento, estamos há, praticamente, quatro meses sem os nossos ordenados, enquanto os quadros nacionais e estrangeiros recrutados cá na África do Sul têm os salários em dia", observa o interlocutor.
Outra fonte, também ligada à estrutura diplomática de Angola na África do Sul, confidencia que a situação de dificuldade financeira com que se depara o elenco de Maria Filomena Delgado é também motivada pelo passivo que essa encontrou quando foi nomeada, em Julho de 2018, pelo Presidente João Lourenço ao cargo de embaixadora extraordinária e plenipotenciária da República de Angola na África do Sul.
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