Luanda - O ano pré-eleitoral está quentíssimo, os sinais que observamos não são apenas coincidências. Os gladiadores do poder do partido almejam manter-se enquanto a oposição anseia o poder. É portanto, uma disputa política salutar, um exercício de democracia.
Fonte: Club-k.net
Entretanto, os dias de hoje são difíceis para maioria do povo, agudizam-se a fome, o desemprego, a falta de qualidade nos serviços de saúde e de educação, obras inacabadas e descartáveis (fonte de enriquecimento ilícito), edifícios e inaugurações que demonstram o saque sem microscópico.
Estas e outras situações fazem crer que estamos a viver os últimos dias do regime que tudo faz e desfaz para sua sobrevivência.
A esperança que fora depositada ao rei desaba bruscamente, pois, sua incapacidade de gestão e o grupo palaciano são factores de fracasso e desgoverno.
Piora o cenário que os visados nos processos judiciais mediáticos com a capa de combate a corrupção, a impunidade e ao nepotismo foram/contribuíram na manipulação das fraudes eleitorais anteriores, ou seja, a orquestra eleitoral está sem harmonia nem melodia para o canto da victória, a manada está em apuros.
Neste modo, a sobrevivência do regime implica a criação de novos autores capazes de sacrificarem-se para obtenção do resultado pretendido, vencer. Ou então, renascerem os membros que já têm experiência eleitoral.
Contudo, nota-se que a nova máquina eleitoral está cumprindo toda etapa de um cronograma de actividades cujo fim último é à reeleição do regime, aliás, em África os partidos políticos no poder estão mais preocupados em vencerem eleições do que governarem bem.
A comunicação social pública e recuperada tem uma agenda especial. No entanto, têm o maior adversário as redes sociais que apesar dos textos e intervenções encomendadas o efeito é contrário ao pretendido. Portanto, há uma crença quase generalizada que as redes sociais descrevem melhor a verdade dos factos e estão na “última hora dos acontecimentos” aos canais oficiais e a imprensa tradicional.
Então, resta uma arma mortal, o bode expiatório que significa imputar a alguém todas as culpas alheias, no caso, as expectativas e promessas eleitorais fracassadas.
É desta forma que o regime lutará para sua sobrevivência procurando bode expiatório, dentre outras a exoneração, há governantes aparentemente tóxicos, que após o anúncio seguir-se-ão aplausos e júbilos momentâneos.
Todavia, a desgovernação não mudará, não trará pão na mesa na casa do povo. Pois, o único fim do regime é a sobrevivência.
Domingos Chipilica Eduardo
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