Luanda - O Presidente do MOVANGOLA (Movimento de Acção Solidária de Angola), António Sawanga, está a ser acusado de ter burlado mais de 8 milhões de kwanzas a um jovem que diz chamar-se Hassan idriss yacubo, de nacionalidade tchadiana, soube o Club-K de fonte digna de crédito.
Fonte: Club-k.net
Na governação de João Lourenço, Sawanga tem estado a notabilizar-se fruto de acções de mobilização e sensibilização, em muitos casos de pendor político partidário, tarefa atribuída na anterior governação ao Movimento Espontâneo de Job Capapinha.
Consta que, em 2020, o cidadão tchadiano pretendia legalizar a sua situação migratória, com a aquisição de um visto de trabalho que não conseguia. Isto por um lado.
Por outro lado, conta a fonte, o tchadiano pretendia comprar um apartamento no Kilamba, o que motivou o contacto com António Sawanga, com quem tivera feito um negócio sobre a venda de um carro.
Segundo a mesma fonte, após o contacto, o presidente da MOVANGOLA garantiu que tinha tudo para resolver os dois problemas, visto de trabalho e o imóvel no Kilamba, seguidamente, considerando a sua máxima influência junto dos membros do executivo angolano, com realce para aqueles que fazem parte do núcleo duro do partido dos camaradas, MPLA, onde segundo ele, goza de simpatia por ser o Presidente da MOVANGOLA, uma organização que na era João Lourenço trabalha para o aumento das massas do partido e a divulgação da imagem do seu líder.
Para a materialização destes dois objectivos o líder da MOVANGOLA pediu, alegadamente, pouco oito milhões e quatrocentos mil kzs que serveriam para corromper funcionários de base do SME e da Imogestim, refere.
Na ânsia de adquirir o visto e o imóvel, que há muito prossegue, Hassan idriss yacubo sem nenhuma reticência, em função da influência do homem, aceitou a exigência, transferindo faseadamente os valores como atestam os comprovativos que colocamos abaixo.
O Club-K sabe que, para o pagamento de uma das tranchas, o Sawanga convidou-o a ir até à Assembleia Nacional local da entrega e recepção da parte dos valores, tendo assinado um suposto contrato de compra e venda da casa, porém não permitiu que tirasse foto ou levar uma cópia do mesmo, por alegadas razões de segurança.
O encontro ocorreu, segundo ele, no pátio do edifício do Parlamento, dentro de um carro, na presença de supostos agentes da Polícia Nacional que apresentou como seus guardas.
A presença dos agentes da Polícia, segundo a mesma fonte, serviu para tranquilizar o estrangeiro e mostrar que estava diante de alguém responsável, com imunidades e capaz de resolver os problemas.
Refere que esta estratégia tem sido adoptada pelo homem, daí que no dia do lançamento do programa de acção da sua organização, que contou com várias individualidades do partido no poder, incluindo Eugénio Laborinho, Mário Pinto de Andrade e outras, o mesmo convidou o Hassan a fazer-se presente e que na ocasião o colocaria a falar com o Presidente da República, João Lourenço, para resolver todos os seus problemas, incluindo de outros investimentos.
Para convencer o tchadiano a dar a última trancha disse que o discurso de abertura daquele evento seria feito pelo Ministro do Interior, entidade responsável pelos vistos de trabalho em Angola, por via do SME, o que não chegou de acontecer porque Hassan já estava farto das mentiras dele.
O jovem entende que a burla só foi possível e a devolução dos valores não acontece até a presente data porque Sawanga responsável da MOVANGOLA goza de protecção de altas figuras do governo e do partido no poder, como é o caso de Mário Pinto de Andrade e outros.
Uma das técnicas que utiliza para perpetrar as suas acções, segundo fontes próximas a si, é a realização de actividades em que convida responsáveis de instituições vocacionadas à materia em que actua.
Foi assim que reuniu com o Director do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME), convidou o Ministro do Interior para presidir a cerimónia de apresentação do plano de acção, pois, reforça a ideia dos estrangeiros de que ele é a pessoa indicada para resolver os seus problemas migratórios, daí que, como relata a fonte, o seu histórico está cheio de reclamações de burlas.
Em função da situação o tchadiano tenciona intentar uma acção judicial por burla, nos próximos dias no Departamento de Investigação de Ilícitos Penais do Comando Providencial de Luanda da Polícia Nacional.
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