Sumbe – A direção da UNITA no Kwanza-Sul considera o adiamento de muitos projectos (do PIIM) para 2022, pelo governo do MPLA, como artimanha política que no seu entender está a prejudicar muitas famílias sobretudo no meio rural.
Fonte: Club-k.net
Estas considerações foram feitas no final da reunião metodológica realizada no Cine Sporting, na cidade do Sumbe, na presença de mais de duas centenas de militantes do partido do “Galo Negro”.
No final da reunião produziram o seguinte comunicado: “A não esperar pelas eleições gerais para acabar com a poeira e a lama na cidade do Sumbe. Esta negligência está a continuar no aumento exponencial das doenças respiratórias e oftalmológicas das famílias.
- Deplorar a degradação das vias de comunicação que ligam as sedes comunais do território da província, factores que condicionam o desenvolvimento socioeconómico da província.
- O Comité Provincial insta o executivo angolano a rever o OGE designado para esta província que ocupa o 5º lugar na hierarquia das províncias com mais eleitores que, contrariamente, de ter votado no actual executivo, é o mais penalizado.
- O Comité Provincial da UNITA no Kwanza-Sul constatou com bastante preocupação a difícil vida que os ex-militares levam nas comunidades sob o olhar silencioso dos governantes. Exigir explicações ao actual executivo da província, da paralisação e abandono das infraestruturas escolares, do magistério, a exemplo do município do Ebo cujas obras arrancaram em 2018”.
O secretário provincial da UNITA no Kwanza-Sul, Armando Kakepa, encerrou a reunião condenando a actual governação naquilo que tem a ver com o bem-estar das populações.
Kakepa falou das condições deploráveis que vivem as populações nas comunidades sem ter deixado de alertar ao executivo para olhar seriamente para a situação dos ex-militares.
A distribuição pouco digna dos tractores mereceu igualmente do político vivo repúdio, pois segundo ele não obedeceu critérios sérios: “Condenamos a distribuição injusta dos tractores afetados à província do Kwanza-Sul. Condenamos veementemente a falta de transportes para as populações recônditas da província onde para além da falta de transporte, não possuem postos médicos. Verificamos a existência de culturas danificadas pela estiagem ao que aproveitamos desde já ao governo central no sentido de traçar políticas de intervenção rápida a fim de estancar a fome que já é uma realidade nas famílias Kwanzasulenhas.
- Condenamos ainda os preços altos que são praticados para os fertilizantes, o que contribui negativamente no processo da agricultura, sobretudo a familiar.
- Aconselhamos os ministros do governo angolano no sentido de não nos habituarem a inaugurarem obras inacabadas. A UNITA no Kwanza-Sul predispõe-se em privilegiar o diálogo com todas forças vivas da província, identificando as causas do subdesenvolvimento visível e contribuir com ideias construtivas para se inverter o quadro actual.
- Defendemos que se cultivem valores que levem a gestão transparente, a honestidade na coisa pública, que haja humildade intelectual com uma capacidade profunda de pensar Angola, além dos interesses político ou partidários. Que haja dirigentes comprometidos com a causa da nossa província”.
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