Lisboa – A TPA promove esta semana um debate público para questionar as origens do actual Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior face a sua eventual candidatura para as eleições gerais previstas para 2022. O tema em causa foi antes ensaiado no programa na sexta-feira da semana passada, no programa "politica no feminino" levantado por uma analista do MPLA, Susete Antão que terá dito que Costa Junior não é 100% angolano porque foi detentor de cidadania lusa.
Fonte: Club-k.net
Logo a seguir, o BP do MPLA fez sair um comunicado acusando os lideres da oposição de serem estrangeiros, no que foi interpretado como “ataque” indirecto ao presidente do maior partido da oposição.
“A questão do líder da UNITA Adalberto Costa Junior é um debate de cidadania e não um ataque as suas origens, embora a sua antropologia física mostra mais uma característica insular ou arqueólogas e não um angolano de matriz bantu ou afro pela estrutura física e até dição onde não se nota influencia de nenhuma língua africana”, sentenciou o Vice-Presidente do grupo parlamentar do MPLA, João Pinto.
Por sua vez, a TPA anunciou que realiza nesta quarta-feira, pelas 21h de Angola, no seu espaço “informação especial”, um debate subordinado ao tema candidaturas presidenciais vs dupla nacionalidade. Estarão no painel do debate, o académico Fernando Ribeiro (docente da ULA), Esteves Hilario (Jurista do MPLA/GPL), Rafael Aguiar (CASA-CE), Manuel Pinheiro (advogado e antigo comissário da CNE)
Em reação ao debate da TPA, o ativista Dito Dalí, entende que o problema que leva ao MPLA a desencadear estes debates rácicos e xenófobos deve se ao “aumento exponencial da popularidade de Adalberto Costa Júnior e a proximidade que vai conquistando no meio urbano e suburbano”.
“Adalberto Costa Júnior é natural de Chindjendje (Quinjenje), filho de Boa Semente”, diz Dom VITI, Arcebispo Emérito do Huambo, numa gravação difundida nas redes sociais. Em finais dos anos, Costa Júnior mudou-se para Portugal, onde se tornou mais tarde no representante da UNITA e porta voz da guerrilha de Jonas Savimbi na Europa. Obteve a nacionalidade Portuguesa que veria a renunciar em finais de 2019, na véspera do congresso da UNITA.
Por outro lado, nas redes sociais tem surgido lista de membros do governo angolano que são detentores de dupla nacionalidade como são os casos dos ministros da justiça, da energia e água, educação, comercio, obras publicas, MAPESS, e MAT.
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