Luanda - O Ministério do Interior confirmou, durante conferência de imprensa realizada nesta terça-feira, 02, que seis pessoas morreram durante os confrontos ocorridos entre agentes da polícia e manifestantes, no último sábado, 30, em Cafunfo, na Lunda Norte.
*António Sacuvaia
Fonte: Correio da Kianda
O número contraria o que vem sendo divulgado, até então, pelo Movimento Protectorado Português da Lunda Tchokwe, organizador da manifestação que foi fortemente reprimida por agentes da ordem. Até agora totalizaram dezasseis mortes, dezanove feridos e um número desconhecido de pessoas que se refugiaram nas matas.
O comandante geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, e o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, confirmaram, durante a conferência, que “apenas seis pessoas morreram, sendo quatro no local e dois no hospital”.
Paulo de Almeida qualificou ainda os promotores da manifestação em Cafunfo, como “feiticeiros”, acrescentando não ter ido à Lunda Norte para fazer um inquérito, conforme circula por alguns órgãos da comunicação social.
“Não fui à Lunda Norte fazer inquérito nenhum. Fui para saber o que se passou e quem tentar fazer semelhante o que aconteceu em Cafunfo, terá resposta proporcional da Polícia”, disse, Paulo de Almeida.
Por sua vez, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, considerou o líder do Protectorado Lunda Tchokwe, como sendo “um homem rebelde e foragido”.
Laborinho criticou ainda alguns partidos da oposição que deslocaram-se à Cafunfo para um suposto inquérito sobre as mortes que tiveram lugar naquela terra diamantífera. No entender de Eugénio Laborinho, os partidos da oposição deslocaram-se à Lunda Norte para fins de aproveitamento político, e não para um inquérito como tal.
“Se fosse para ir fazer um inquérito, tinha de ser uma comissão parlamentar conjunta e não apenas um partido. Tinha que ser a UNITA, a FNLA, o MPLA e outros partidos, e não apenas um”, criticou, o ministro do Interior.
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