Lisboa - O Ministro da Energia e Agua de Angola João Baptista Borges, é citado em documentos como tendo recebido de presente uma casa na Ilha do Mussulo, por parte de uma empresa que recebeu contratos projectos de painéis solares firmados com o governo de Angola. O assunto está a merecer atenção em meios habilitados da sociedade portuguesa, depois da TVI ter passado uma reportagem sobre actos de corrupção envolvendo o governante angolano.
Fonte: Club-k.net
De acordo com um “assessement” que o Club-K teve acesso, “as investigações que estão a ser realizadas em Portugal pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público português às relações existentes entre o Ministro João Baptista Borges e várias empresas angolanas e portuguesas, permitiram segundo a TVI, descobrir que as empresas M. Couto Alves Vias, S.A. e M. Couto Alves, S.A., pertencentes ao MCA Group de origem portuguesa, a quem foram adjudicados sem qualquer concurso público pelo MINEA, entre outros, contratos para execução de projectos de painéis solares, no valor de cerca de € 550.000.000,00 euros – Despacho Presidencial 19/20, estão sob investigação devido ao facto de aparentemente terem oferecido ao Ministro, no Mussulo, uma luxuosa casa com rés-do-chão e primeiro andar.”
Segundo a mesma fonte (assessement), “a fiscalização da construção da casa, em zona privilegiada, junto ao mar, na paradisíaca Ilha do Mussulo esteve a cargo de outra empresa que habitualmente costuma ser contratada, sem qualquer concurso público, pelo MINEA para a fiscalização de obras públicas, a DAR Angola - Consultoria, Lda., pertencente ao grupo libanês DAR Handasah Consultants (Shair & Partner) E.C.”
“A construção na Ilha do Mussulo tem estado condicionada há vários anos, mas mesmo assim o Ministro aparentemente conseguiu obter as necessárias licenças”, lê-se no documento adiantando por outro lado que “esta oferta foi uma contrapartida, entre outras, dada pelas empresas ao Ministro da Energia e Águas como agradecimento pela adjudicação directa de várias empreitadas pelo MINEA ao Grupo MCA e ao Grupo DAR”.
De lembrar que as investigações em Portugal detectaram também a existência de operações bancárias de grupos empresariais detidos por Angolanos e Portugueses que ascendem a vários milhões de euros realizadas na Europa e de origem duvidosa, para benefício pessoal de membros do actual executivo de Angola e para compra de vários bens de luxo como contrapartida das adjudicações directas sem concurso público para execução de várias obras públicas em Angola.
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