Lisboa – Um funcionário afecto ao Consulado Geral de Angola em Portugal, encontra-se “afastado” por alegadas suspeitas de ser colaborador da UNITA, o maior partido da oposição angolana. Há poucos dias, a advogada do consulado Emília Ramoso, telefonou ao advogado de Admar Batista informando que o Cônsul Narciso do Espírito Santo Júnior não o quer mais ver nas instalações do consulado por pesar contra si, “um processo político o contra MPLA”.
Fonte: Club-k.net
Advogada diz serem ordens do ministro
Suspenso há mais de 8 meses, Admar Batista recebeu recentemente uma carta informando que até dia 11 de Janeiro, o consulado decidiu rescindir o seu contrato de trabalho. A sua defesa, adverte que segundo a lei portuguesa (artigos 328 e 329 da lei geral de Trabalho de Portugal), um funcionário só pode ser despedido depois de três processos disciplinares. Desde que foi “suspenso”, Admar Batista nunca foi ouvido, nem sequer foi lhe aberto um processo disciplinar.
Segundo constatação, a sua defesa revela-se indignada por terem sido informados que sobre o mesmo pesa um processo de “motivações políticas contra o MPLA”, por haver suspeitas de o mesmo ser um colaborador do partido UNITA.
Na falta de base legal para o despedimento do funcionário, o consulado de Angola em Lisboa alega que o mesmo está abrangido a uma política de redimensionamento orientada pelo ministro das relações exteriores, Tête Antônio, que visa reduzir os quadros nas missões diplomáticas. O Consulado de Angola em Lisboa, é até ao momento o único posto consular que está a realizados polêmicos despedimentos gerando suspeitas de que o Cônsul esteja a usar está metida para retaliar funcionários que não são da sua confiança.
Apesar das alegadas acusações “politicas” que pensam sobre Admar Batista, fontes que acompanham o assunto disseram ao Club-K, que o mesmo deixou de ter boas relações com o Cônsul Narciso do Espírito Santo Júnior depois de ter havido um intriga insinuando que certa vez, o funcionário, em momento de distração com os colegas, havia imitado a forma que o seu superior se expressava em português. A informação foi relatada ao Cônsul e desde então este passou a ter uma atitudes de reservas para com o funcionário Admar Batista.
Há poucos semanas, Admar Batista tentou sem sucesso, fazer pontes para ser ouvido por uma delegação do MIREX enviada a Lisboa para apurar eventuais atropelos do Cônsul Narciso do Espírito Santo Júnior. Fez parte da delegação despachada a Lisboa, a nova directora-geral adjunta do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares, Maria Filomena do Rosário Neto Antônio.
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