Luanda - DISCURSO DO PRESIDENTE DA UNITA, ADALBERTO COSTA JÚNIOR, NA INAUGURAÇÃO DA SEDE DA LIMA EM LUANDA (25.11.2020)
Ao Digníssimo Secretário-geral do nosso Partido
Excelentíssimo Secretário-geral Adjunto
Digníssimo Secretário-geral da JURA,
Senhor Secretário-provincial de Luanda,
Membros dos Secretariados Nacionais do Partido, aqui presentes
Membros da Direcção do Partido
Digníssimas e Ilustres Membros da LIMA
Caros Jornalistas
Senhoras e senhores que nos acompanham
A quem não tivemos oportunidade, o nosso bom dia a todos.
Um bom dia acrescido da enorme satisfação de termos o honroso convite dirigido pela Direcção da LIMA para procedermos a uma muito simbólica, muito importante inauguração desta casa.
Agradecemos de facto o vosso convite, e foi com uma grata satisfação que aqui viemos e, que fizemos esta visita rápida, por instalações que nos deixam orgulhosos, e que faço votos que sirvam, efectivamente para acomodar a Direcção da LIMA, para poder receber a sociedade os parceiros sociais, os parceiros políticos, numa direcção dialogante com a sociedade e com as parcerias.
Dizer que, para nós é muito importante ter as estruturas centrais das nossas organizações políticas próximas das estruturas centrais das Instituições. Isto não significa que a LIMA deve abandonar as estruturas da periferia e aquelas da profundidade: não, aquelas desempenham um papel relevante de proximidade com o cidadão, mas estas desempenham também um relevante papel de diálogo com as Instituições, e é muito importante que a UNITA se aproxime cada vez mais do centro da centralidade da dinâmica política do nosso país.
Dizer que a LIMA tem facilitada algumas questões, eu creio que as mamãs que aqui estão sabem, e conhecem a vizinhança que rodeia esta vossa sede. Eu conheço-a bem, vocês têm aqui na vizinhança relevantes figuras que dirigiram o MPLA, relevantes figuras que dirigiram a Assembleia Nacional; hoje relevantes figuras que dirigem o país na governação. E, estamos quase defronte a um Banco, que se diz ser propriedade da vossa congénere, da vossa concorrente.
E, portanto, a LIMA tem aqui mesmo neste espaço de proximidade, para não falar da Liga Africana, que não está longe, que é um símbolo também da história dos nacionalistas deste país. Pelo que, é apenas uma mínima movimentação geográfica de algum espaço histórico e de diálogos que vos deixamos, para frequentarem também. Porque, o trabalho faz-se dentro da sede e fora da sede, principalmente na proximidade, com as Instituições, com o cidadão e com o angolano.
Dizer que, nós estamos a fazer esta inauguração, no final de um mês de Novembro, exactamente numa semana em que nós concluímos uma maratona de reuniões da Comissão Política da UNITA. Podendo ter abraçado as tecnologias que dispomos, podendo ter feito o cumprimento estatutário com a realização de uma reunião apenas, com meia dúzia de pessoas por consequência do Covid-19, a Direcção entendeu que não devia ignorar aquelas que são as características do nosso Partido. Eu não acredito que qualquer membro da Comissão Política aceitasse participar numa conferência zoom e desse modo entender que tinha cumprido os estatutos e a reunião anual da Comissão Política. Não acredito, não é nossa tradição, não é nossa cultura.
Entendemos, assim desdobrar a Comissão Política em três fases, que foram muito gratificantes de realizar. Fizemos a primeira em Luanda, em Outubro, final do mês; a segunda, no princípio do mês no Huambo que reuniu as oito (8) Províncias do Centro e Sul de Angola. Creio que é conhecido por todos os presentes que na hora da nossa inauguração da reunião do Huambo formos informados do arresto nas contas da UNITA em Luanda, um arresto que nos diz que, todos os fantasmas, todos os argumentos estão a ser levantados no sentido de mesmo com o abraço da ilegalidade tentarem asfixiar a dinâmica da UNITA.
Se já vínhamos acrescentando indicadores da diminuição daquilo que são factores Estado Democrático e de Direito, o respeito por valores do Estado Democrático e de Direito, juntamos o uso do poder judicial, juntamos o uso também das Instituições bancárias do nosso País. Porque, de facto, aquele arresto está muito para além da legalidade dos actos. E, apesar disso não ficamos parados. Cumprimos com a terceira reunião da Comissão Política em Malanje, de onde estamos a chegar. O senhor Secretário-geral está a me informar que acaba de chegar neste preciso momento, uma reunião que reuniu as outras 9 províncias, do Norte e do Leste do País, que correu muito bem, com uma cidade que nos recebeu muito bem, e que nos permite dizer aqui que a Direcção, a UNITA tem todos os seus documentos actualizados, conforme os seus estatutos, todos eles; o que é muito importante, todos, sem excepção.
Fizemos a eleição e a renovação dos membros, concluímos a posse dos membros da Comissão Política, fez-se a eleição dos membros do Conselho Fiscal, e fez-se a eleição também do Conselho de Ética, será presidido por uma ilustríssima ex-Presidente da LIMA.
E, portanto, diria que nós temos todos os documentos reitores actualizados para fazer o nosso trabalho, todos eles; num ano que conheceu também o Congresso da LIMA, e a renovação da Direcção da LIMA, renovação esta que nos trás a novidade de duas Vice-Presidentes jovens.
Eu penso que a LIMA também está de parabéns por essa coragem. Porque, temos hoje um misto entre a maturidade, a sapiência, a experiência das mamãs, e uma juventude experiente também, para podermos fazer o desafio da conquista da sociedade, para a UNITA, para o apoio ao Partido, ao Projecto político do Partido, ao Projecto de governação democrática que a UNITA pretende alcançar.
Dizer que, vivemos um momento muito particular da nossa vida nacional, um momento onde o nosso pai, o pai da nossa Nação entrou em casa, apagou a luz, fechou as janelas, principalmente fechou as janelas da frente e as laterais, e só abriu as janelas de trás, e criou um escuro a quem está em casa. E, aquelas pessoas que estão em casa não sabem por onde vão caminhar, o pai ficou a chave de casa, com a factura e o interruptor da luz apagado. E, por consequência desta falta de sentido de rumo do país, da nossa casa comum, as pessoas estão a manifestar, porque têm fome, porque têm desemprego; porque têm sofrimento, porque têm problemas enormes e porque não sabem para onde estão a caminhar, principalmente os nossos filhos, os mais novos.
E, o que é que o pai faz? O pai usa a força e a violência sobre os seus filhos. E, o que é que o pai faz a seguir, em vez de acender a luz e abrir as portas do diálogo? O pai agora está a comprar os líderes da casa, os filhos, está-lhes a comprar com casas, está-lhes a comprar com carros, está-lhes a comprar com bolsas no estrangeiro, onde por ordem de escala de prioridades à ordem da liderança dos seus filhos: está a comprar a consciência da sua casa. Isto não é bom para ninguém, denota uma enorme falta de diálogo na casa, e está a estragar os filhos porque está a corrompê-los. Isto não é caminho a seguir. Aqui entra o papel da mamã, o papel de mediadora, o papel da mulher, que ajude o pai a retomar o diálogo na casa, que ajude o pai a retomar alguma tranquilidade, a de recolher os bancos que ele guardou do onjango de diálogo da sociedade e a pôr a volta na mesa, para se sentar com as pessoas. A começar pela sua casa, e depois com as suas vizinhanças, porque as vizinhanças querem diálogo, querem concertação, e aqui o papel relevante da mãe, o vosso papel relevante.
Que, nós incentivamos, todos os dias, porque a LIMA como organização de massas da UNITA, tal como a JURA, tem esta particularidade da diferença, da sensibilidade do papel da mulher, que faz toda a diferença, acrescida a um momento como este.
Eu vou ficar por aqui, reafirmar os votos de esperança, estamos a entrar no último mês do ano, vem aí o natal; a festa da família, precisa de ser celebrada num ambiente de menos tensão, de mais diálogo, e de mais respeito.
Auguro sucessos às mamãs todas, e será o nosso sucesso, do Partido e do País.
Muito obrigado a todos.
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