Luanda - Alfredo de Matos, pai do jovem Inocêncio, de 23 anos de idade, morto na Manifestação a 11 de Novembro, suspendeu às 00h a vigília que levava a cabo, defronte as instalações da PGR, clamando por justiça, após ter sido atendida a sua exigência pelo SIC.
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De acordo com informações para Angola24Horas, por volta das 23 horas deste sábado, surgiu no local, um oficial do SIC-Luanda com o intuito de intermediar uma rápida solução para se sanar o assunto relacionado com a contra autópsia, ainda por realizar.
Para o efeito, Zola Bambi, advogado constituído pela Família foi posto em contacto directo com o Director do SIC Provincial de Luanda e agendaram para a manhã de hoje (domingo, 22), um encontro com vista a aliviarem os entraves que foram colocados e que resultaram na não realização da requerida autopsia, no passado dia 20.
"Depois de quase meio dia, parece-lhe agora, que uma lamparina se acende no fundo do túnel. A todos os que fizeram sentir a sua vontade de ajudar, a Todos que apoiam para que a verdade seja reposta, Alfredo de Matos agradece", conforme se lê.
O pai de Inocêncio de Matos reitera os seus mais profundos agradecimentos a todos os cidadãos que aqui e um pouco por todo o lado, comparticiparam para que esta lamparina se acendesse.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), através de uma nota de imprensa, tornou público que, junto do SIC-Geral, recebeu no passado dia 18/11/2020, um documento do advogado a par do processo, cuja intenção mereceu devida atenção das autoridades, visto que se tratava de uma reclamação subscrita pelo Advogado da família do malogrado Inocêncio Alberto de Matos, de 23 anos de idade, ferido gravemente durante a manifestação do dia 11 de Novembro e que viria a sucumbir um dia depois, no Hospital Américo Boa Vida, após intervenção cirúrgica.
A PGR afirmou também que, a diligência prevista para o dia 19 do corrente mês, foi adiada por falta de comparência dos familiares do malogrado e do respectivo
advogado, justificada pela tomada de conhecimento tardio do reexame, o que foi remarcado para sexta-feira, 20, na presença das partes acima referidas, tendo o advogado se recusado categoricamente de participar por não estar habilitado com conhecimentos científicos e técnicos para o exercício.
O Documento esclarece ainda que a margem do processo n° 11730/2020-DH, a decorrer trâmites legais no SIC, foi realizado no dia 13, a autópsia, tendo a perícia concluído que Inocêncio de Matos faleceu vítima de traumatismo craniano, com fracturas dos ossos, resultante de ofensa corporal com objecto de natureza contundente.
"Nestes termos, o cadáver encontra-se à disposição da família para a realização das exéquias fúnebres, cessando qualquer responsabilidade do Ministério Público e do Serviço de Investigação Criminal", reforçou.
O advogado Zola Bambi, terá justificado a não participação dos exames pelas recusas por parte das autoridades, a entrada de um fotógrafo indicado pela família/advogado, no sentido de registrar todo o processo.
Recorda-se que, Inocêncio de Matos, de 23 anos de idade, morreu no dia 11 de Novembro corrente, por volta das 16, no Hospital Américo Boavida, em Luanda, segundo o relatório médico, pouco depois que este terá sido atingido por alegadamente um agente da Polícia Nacional, com uma bala da cabeça, durante a repressão contra os manifestantes, num dia que Angola celebrava os 45 anos de independência no país.
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