Luanda - O Presidente João Lourenço convidou cerca de 100 jovens activistas sociais, a nível invidual e representantes de associações cívicas, para um encontro na quinta-feira, 26, no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, no qual pretende auscultar as suas reivindicações e anseios.
Fonte: VOA
Da lista de convidados constam artistas e outras personalidades. Enquanto em determinados círculos políticos o encontro é considerado uma resposta à pressão feita sobre o Presidente com as manifestações de 24 de outubro e 11 de novembro, os activistas estão divididos: uns aceitam o convite, mas outros não. Benedito Jeremias, mais conhecido por “Dito Dalí”, e um dos promotores da manifestação de 24 de outubro, reprimida pela polícia que deteve uma centena de participantes, afirma ser preciso que o Presidente da República olhe para as revindicações e as coloque em prática.
“Dito Dalí” esclarece que as reivindicações dos activistas são conhecidas. “Eu não vou e outros co-organizadores (das manifestações) também não vão porque entendemos que não sairá nada importante de lá. O que estamos a exigir é publico, que o Presidente marque uma data para a realização das eleições autárquicas em 2021, retire o seu director de Gabinete Edeltrudes Costa por estar envolvido em corrupção, crie uma equipa técnica para que haja uma reforma constitucional e crie politicas para baixar o custo de vida”, afirma "Dito Dali”.
Posição diferente tem Albano Capinala para quem é importante que os manifestantes digam ao Presidente o que os eles pensam. “A pressão tem sido contra o desemprego e temos que estar defronte dele e dar um prazo às as nossas exigências, por isso se for convidado eu irei, e direi ao Presidente o que penso na cara dele”, sustenta Capinala.
Albano Bingo Bingo diz não ter sido notificado, mas caso for convidado vai participar para expressar o que sente. “Sou activista que prima pelo diálogo, se for notificado eu irei para dizer o que sinto e quais são as soluções para o país”, advoga Bingo Bingo. Activistas jovens têm vindo a fazer muita pressão nos últimos dois meses nas ruas, na imprensa e nas redes sociais sobre o Governo, exigindo respostas ao alto nível de desemprego, a marcação da data das eleições autárquicas para 2021 e o combate à corrupção protagonizada também por membros do actual Governo de João Lourenço.
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