Luanda -- O Presidente angolano apresentou-se hoje como "o jovem João Lourenço", num encontro com representantes dos jovens, que começou com um minuto de silêncio em memória de Inocêncio de Matos, morto na sequência da manifestação de 11 de novembro.
Fonte: Lusa
João Lourenço não tinha até agora feito qualquer declaração sobre a morte, que testemunhas e a família atribuem à polícia, contradizendo a versão oficial do hospital Américo Boavida, que aponta para "ofensa corporal" com "objeto contundente não especificado".
"Eu sou o jovem João Lourenço": foi assim que o Presidente se apresentou perante a plateia de mais de uma centena de jovens, no encontro onde vão intervir 19 representantes de vários setores, associações, formações políticas e ativistas.
O chefe de Estado angolano focou o "momento difícil" que se vive em Angola devido à crise económico-financeira associada ao baixo preço do principal produto de exportação de Angola, o petróleo, bem como o elevado nível de endividamento externo do país, agravados pelo desafio da pandemia de covid-19.
"Num quadro destes é natural que as preocupações dos jovens aumentem", salientou, considerando que esta faixa etária será das que mais sente dificuldades, como a falta de emprego ou a escassez de habitação.
João Lourenço afirmou que o encontro com os jovens serve precisamente para que esses façam ouvir as suas preocupações diretamente ao poder, sendo uma forma de se manifestarem, alternativa aos protestos na rua.
Esta é a terceira edição dos diálogos do Presidente angolano com representantes juvenis, depois de ter passado pelas províncias do Bié e do Zaire.
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