Luanda - O general na reserva das Forças Armadas Angolanas (FAA) José Sumbo pediu ao Presidente João Lourenço uma audiência para apresentar propostas para a solução de alguns problemas económicos e sociais em Cabinda.
*Manuel José
Fonte: VOA
Aquele militar, que já foi responsável de algumas instituições do Estado em Cabinda e que é quadro do MPLA, revelou ter recebido a comfirmação de que a audiência pode acontecer a qualquer momento.
Em conversa com a VOA, Sumbo diz que em Cabinda há fricções e ainda se morre por conflitos armados.
"A FLEC do falecido Nzita Tiago está aí nas matas e não anda à procura de veado para caçar, mas faz acções e as FAA também nao admitem, e nestas fricções morrem pessoas nesses conflitos", afirma o militar, para quem a questão de Cabinda pode ser resolvida com diálogo, com todos e sem exclusão.
"Criou-se um interlocutor, o Bento Bembe, qual foi o resultado? Só piorou, não se deve excluir ninguém vamos discutir todas as propostas e com paciência e respeitar a opinião de todos", sustenta José Sumbo.
Sobre o plano do Governo PRODESI, o militar que é economista de formação, tem uma proposta que pensa ser viável e por isso quer falar com o Presidente.
"Este trabalho que apresento tem muito a ver com a postura dos dirigentes perante os projectos, eles, os ministros devem ocupar-se apenas do seu papel político, efectuar visitas, etc., mas a execução deve ser exclusiva dos produtores, os ministros devem deixar de ser simultaneamente coordenadores e gestores, e o que se assiste actualmente no âmbito do PRODESI, que não resulta", diz.
Ante o momento actual do país, Sumbo acredita que é tempo de as populações que habitam regiões ricas como Cabinda serem ouvidas.
"O povo deve fazer parte das concepções, deve sentir-se parte do que é seu, o povo não é tido nem achado e ainda as riquezas são retiradas para beneficiar Luanda, não está correcto, os recursos devem ser aplicados em projectos prioritários para os cidadãos e não tudo ao mesmo tempo", defende o militar que, sobre a luta contra a corrupção, aponta o dedo ao Governo.
"Ainda há marimbondos no Executivo actual, não preciso citar nomes, mas eles estão aí e vão fazendo das suas de uma ou de outra forma", conclui.
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